quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Protagonistas - Dante D`Bellaunos Gebhard


DANTE


Nome: Dante D`Bellaunos Gebhard

Idade: 21

Linhagem: Raça de meio gigantes “os descendentes dos Titãs”, os Dourins.

Cidade Natal: Unitrux

Pais: Eroneus Gebhard/ Amélis D`Bellaunos

Motivações: Nada o motiva mais que sua fé e a luta por seus ideais. Defender aquilo que acredita com fé e armas. De um modo geral não gosta de injustiças. E praticar o bem, a quem mereça, diga-se de passagem, são ideais que lhe agradam.

Personalidade: Um ser com sede de justiça e um guerreiro leal. Contudo, nem por isso menos temível no campo de batalha do que seria um diabo desalmado. Não se engane com o semblante calmo e o ar bondoso. Pois dilacerar carne e ossos dos que blasfemam contra sua crença, sobrepujar a dor e por a prova sua força e devoção pela causa, não é nada mais que um exercício de fé para esse valoroso campeão.

Objetivos: Limpar o nome da família e reaver os títulos perdidos com certeza fazem parte das ambições do Dourin. Contudo estas não são suas únicas aspirações. Dada sua personalidade, Dante nunca aceitou muito bem o modo como o antigo império dourin entrou em decadência, através de traições, engodos e armações dos Lunari. Ajudar seu povo a reerguer-se, ou mesmo conduzi-lo de algum modo a uma “renascença” é tudo questão de tempo, alianças, poder e oportunidades para este guerreiro.

Como virou um Cruzado: Vendo sua mulher sendo executada por bruxaria, seu título sendo revogado e o nome da família sendo atirado à lama, Eroneus não teve outra saída. Temendo pela segurança do filho, mandou-o á um dos últimos redutos Dourin no qual tinha contatos. A ordem da esmeralda, onde seu bom amigo e padrinho de seu filho gozava de bom nome e influências. Lá, Dante pode ter os estudos e treinamento de que necessitaria.

História:
Morre a inocência, nasce a obstinação.

Sons de passos a quebrar os silêncios da noite....
- Huummm... o que é isso mamãe, esse som ?
Indaga a criança a pouco quase adormecida.
A mulher de aparência forte e decidida, porém de semblante doce e maternal, ao ouvir as palavras da criança endireita-se em sua poltrona como que para aguçar os sentidos, erguendo os olhos do livro de contos sobre os feitos históricos de antigos generais e os grandes campeões do a muito extinto império Dourin.
- Veja! Veja as luzes mamãe!
Diz a criança, que de pronto já se encontrava de pé sobre seu leito a olhar pela janela.
- O que é mãe?
De fato haviam luzes ao longe e passos podiam ser olvidos embora distantes. Mas o que estaria acontecendo? Eram tempo de paz e Unitrux era sempre tão pacata...
- Ainda não sei querido. Mas, deite-se e durma, vou chamar seu pai e ver o que acontece.
Ao virar-se para a porta e deparar-se com os vultos projetados nas paredes pelas fracas e bruxuleantes luzes que adentravam pela janela aberta, um arrepio ocorre a mulher. Uma sombria sensação que corre por toda sua coluna gelando todo seu corpo. Então, subitamente, como que por um mau augúrio, ou presságio nefasto a mulher se volta novamente a janela. Dessa vez podia ver claramente, não através, mas na própria janela figuras assombrosas ocultas em mantos, iluminadas somente pelas tochas dos que os acompanhavam.
- Fique aqui Dante. Não sai do seu quarto, me entendeu?
Como se o garoto fosse obedecer, mesmo consentindo com a cabeça. Dante era muito jovem ainda, contudo nunca fora tolo. Pode ver claramente a preocupação tomando o semblante da mãe.
Também nunca fora covarde, muito ao contrário. E é claro, curioso. Curioso como cabe, diga-se de passagem, a qualquer criança de seis anos ser. E por isso mesmo foi ao encalço de sua mãe.
-Eroneus! Eroneus querido, acorde. Algo...
A mulher começa, mas cala-se ao deparar-se com a silhueta colossal de seu marido. Ele não necessitava ser acordado. Aliás, estava em fins de vestir sua armadura. E enquanto terminava acalmou a mulher:
- Acalme-se Amélis, querida. Irei descer e ver do que se trata esse rebuliço.
Eroneus é um herói de guerra, um veterano. Gravou seu nome na história com o sangue derramado nos campos de batalha, o seu próprio muitas vezes. Apesar dos tempos de paz e da distância dos conflitos seus instintos ainda eram os mesmos.
- Oh meu bem tome cuidado, não me sinto a vontade quanto a isso. É muito estranho toda essa inquietação a essa hora.
Diz Améliz, com a sensação ruim ainda lhe consumindo.
- Não seja tola meu bem. Somos parte da nobreza agora e esses malditos têm de respeitar isso. Conquistei isso com minhas vitórias. Além disso nossa família é respitada aqui. Deve ter ocorrido algo, mas nada de grave. Além do que sou o responsável pelas tropas da cidadela e é normal virem até mim se algo lhes aflige.
Diz Eroneus.
- Mas mesmo assim. Porque tantos, e a essa hora? Isso não é maneira ...
Ia retrucando Amélis. Mas calou-se ao som de metal arrastando. Ao olhar melhor vê o pequenino mas já vigoroso Dante entrar no quarto carregando algo, arfando pelo esforço que realiza.
- Aqui papai ...arf ... eu trouxe ... arf arf... o seu martelo, tome não pode.... arf arf .... esquecer dele.
Pai e mãe assistem o esforço do filho enquanto entra quarto a dentro em direção a imponente figura do pai. Eroneu ia abrindo um sorriso quando percebe o olhar de desaprovação de Amélis.
- Já não devia estar em seu quarto dormindo meu rapaz?
Diz o pai tentando parecer sério mas sem conseguir esconder o orgulho estampado em seus olhos. Treinara bem seu filho até ali, como é de costume entre as famílias Dourin. Já podia ver no filho florecerem qualidades de um guerreiro.
_ Hora garoto, desobedeceu minhas ordens. Quando resolver isto vou subir e decidir seu castigo.
Avisa o pai em tom sério.
- Mas pai. Isso não é uma emergência!? É estado de alerta não é !?!? Como o senhor me ensinou “movimentações inesperadas a nossa volta exigem alerta”. Os homens da casa devem estar todos alertas, não é?
Responde o garoto sem acovardar-se como aviso do pai. E com um olhar de triunfo estampado no rosto como se tive-se achado a desculpa pra livrar-se do castigo. De fato ,Eroneus também deve-se ter pensado nesse sentido, pois já ia abrindo um sorriso quando novamente viu Amélis de nariz torcido e entendeu seu inquietamento.
-HAHAHAHAA!!...
Gargalha o Dourin.
- Quando agüentar o peso das armas de verdade filho, até lá assuntos de gente grande não lhe dizem respeito.
Afirma o pai chegando bem próximo ao filho e abaixando-se para erguer seu imenso martelo, mas não antes de estampar um sorriso sem que Amélis visse e sussurrando a frase:
- Obrigado filho. O dia em que lutará ao meu lado esta chegando. Mas não hoje. Até lá não vamos deixar sua mãe irritada. Se algo me deixa com medo no mundo pode apostar que é sua mãe.
O garoto sai, mas não volta ao quarto fica a espreita para ver o que acontece. Quer ver seu pai em ação. A garoto não percebe de imediato mas algo realmente não estava certo aquela noite. Uma pequena multidão juntou-se no jardim em frente às portas da mansão, mesmo com os enormes portões guardados por sentinelas. Haviam guardas humanos armados, camponeses carregando tochas e ferramentas de trabalho contudo o barulho e o falatório tinha cessado. Nesse meio tempo Eroneus já estava no saguão de entrada com Amélis em seus calcanhares. Sua guarda pessoal , como esperado, já estava em forma e esperando ordens. Quatro grandes Dourins vestindo armaduras pesadas e com as famosas lâminas de lua cheia em mãos. Eroneus sabia de seu valor, pois ele mesmo os treinara. Mais que isso. Estiveram sob suas ordens nos campos de Batalha.
- Algo está errado senhor. A multidão bradava coisas como bruxas,... queimar uma bruxa pegar os traidores. Mas por que aqui? Não consigo entender
Reporta um dos soldados.
- Vamos descobrir.
Afirma Eroneus, rompendo em marcha a passos largos até a porta e escancarando-a de vereda com seus homens em linha á suas costas. Guardas da cidadela subiam as escadas em direção a porta para abri-la nesse momento, seguidos de perto por seis figuras ocultas em mantos. O grupo recuou com o surgimento dos cinco dourins. Obviamente pegos de surpresa, esperavam entrar sem maiores problemas, subestimaram a eficiência da guarda e a do próprio Eroneus.
Dante observava a discussão que se seguiu ao encontro nas escadarias. Ganhara uma adaga ornamentada em seu ultimo aniversário e resolveu ir buscá-la enquanto o pai descia. Afinal devia estar preparado se seu pai precisa-se.
Nunca estivera tão certo na vida. Embora não houvesse muito que pudesse fazer pelo destino de sua família. Fato que amargaria em sua memória pelo resto da vida.
Ao olhar melhor Eroneus percebe que a entrada havia sido forçada. Os grandes portões arrombados e os sentinelas nocauteados. Um ultraje sem dúvida alguma que o enfurecera ainda mais.
- O que pensam que fazem EM MINHA CASA!!!???
Diante da figura ameaçadora o grupo invasor cala-se por um instante. Todos parecem recuar frente o avanço do dourin.
- Só queremos a Bruxa. Entregue-a sem resistir e talvez não o consideres-mos traidor.
Diz uma das figuras sombrias de manto, quase não conseguindo projetar a voz. Que mesmo com a face oculta pelo capuz fitava preocupadamente os soldados em suas armaduras e suas armas. Mais uma evidência de que não esperavam tal resistência!
- Do que diabos falam? Bruxa em minha casa!?... que tipo de engodo absurdo é esse?
Indaga Eroneus.
- Não se faça de tolo Eroneus. Se não insistir em esconder os crimes dela talvez consiga sair limpo disto. Pense em seu título tudo o que conseguiu até agora. Colabore e talvez seu nome saia limpo disso tudo.
Brada uma das figuras ocultas em mantos, aparentando impaciência.
- Não há tal criatura em minha morada. Saiam imediatamente, é meu ultimo aviso.
Ao ouvir as palavras de seu comandante, os quatro Dourins levantam suas armas e assumem postura de combate.
- Não nos deixa escolha gigante. Sabe muito bem o que a Baronesa anda fazendo. As outras bruxas delataram-na. Todas serão executadas esta noite quer você queira ou não.
Essas palavras abateram-se sobre o Dourim mais forte que qualquer golpe que já levara em batalha. Os homens de mato não estavam atrás de alguém escondido em sua casa ou mesmo de uma de suas criadas. Referia-se a sua esposa. A mulher quem escolhera para dividir tudo, com quem tivera seu tão esperado filho.
O que estaria acontecendo? Queriam derrubar-lhe. Emporcalhar seu nome e tira-lo do caminho. A nobreza em Tenebris nunca aceitou bem sua ascensão e a influência que obteve com isso. Talvez tivessem descoberto sobre a ordem da esmeralda e lhe queriam fora. Só isso lhe ocorria a mente.
Em fim, seja lá o que estive se acontecendo não deixaria que machucassem sua família.
- Não deixem que passem!! Marcus, você vem comigo.
Dante assistia a tudo atônito. Não conseguia acompanhar o desenrolar da situação. Não entendia o porque mas percebia a gravidade. Naquele momento desejava com todas as forças acordar do sonho desse pesadelo, pois o pobre garoto não sabia classificar de outra forma o que seus olhos estavam prestes a assistir.
- Marcus leve minha mulher e filhos até o Forte Esmeralda. Lá fale com Bartolomeu, ele é padrinho de Dante e lhes dará abrigo. Não para por nada, VÀI!
Mal o soldado havia se virado para cumprir suas ordens,um dos homens de manto a porta murmurou palavras junto com alguns gestos. Um grande estrondo ocorreu e uma luz muito intensa tomou conta momentaneamente do ambiente. Os três dourins foram acertados por uma flamejante coluna de luz branca e forçados a recuar. Um deles já estava bem ferido. Os outros dois Dourins iam atacar quando um dos homens de manto adiantou-se. Impondo a mão contra os três disse “Imóveis infiéis”. O soldado Dourin que havia sido acertado em cheio pela coluna de luz simplesmente não conseguia erguer-se mais do chão enquanto um outro simplesmente parou sua investida contra os invasores como se alguma força o segurasse. O terceiro depois de um milésimo de hesitação, concluiu o ataque. Dois golpes certeiros, seguidos, mas não o suficiente para derrubar os dois homens de manto roxo. Por Rastek!! agora podiam ver. Eram nada menos que mantos roxo de tenébris.
A batalha se desenrolava em pleno saguão de entrada. De alguma forma os outros dois Dourin escaparam à dominação dos emissários de Tenébris. Contudo mais três juntaram-se aos dois manto roxo.
O pequeno Dante finalmente havia se recuperado do choque e descera até junto de sua mãe. O garoto fora instruído como lutar, mas nunca tinha estado em uma batalha de verdade. E aquilo era quase inacreditável para seus jovens olhos. Mas não o suficiente para ofuscar sua coragem.
A este ponto até Eroneus já fora envolvido na batalha. Ele e seus três homens montaram uma linha em meio ao saguão para dar tempo a Marcus de sair pelos fundos com Amélis e Dante até o estábulo.
Os criados fugiam apavorados e o som da luta era terrível. Já nos estábulos Amélis insistiu ao subordinado do marido que aprontasse as montarias dos outros a fim de facilitar sua fuga. Marcus concordou e enquanto se ocupava disso dois dos invasores conseguiram chegar ao estábulo. Um agarrou Amélis que ia para junto do filho que a esperava dentro de uma carruagem. Quase ao mesmo tempo um outro atacou o Marcus pelas costas. O Dourim lutava mas fora pego de surpresa e além disso sua arma estava de lado. Enquanto isso Amélis era arrastada para fora do estábulo. Sem pensar Dante sacou a adaga que trazia na cintura e investiu contra o algoz de sua mãe.
- Largue a minha mãe AGORAaaa!!!
O sangue jorrou da cocha do soldado que aturdido pela dor da punhalada empurrou Amélis pra longe, fazendo a mulher cair ao solo. Após quase imediatamente arrancar a adaga da perna foi contra o garoto.
- Ora seu filhote de cão Dourim, venha cá que lhe ensinarei uma...
O homem não termina a frase. Amélis inesperadamente o atacara por traz com a lua cheia de Marcus que repousava na parede. E com impressionante destreza para uma baronesa. Marcus que já havia dado cabo de seu agressor e viu o feito de Amélis exclama:
Minha senhora esconde muitas habilidades pelo que vejo!! Mas não ha tempo, vamos.
Dante teve tempo de tirar a sua preciosa adaga das mãos do homem que sua mãe derrubou. Amélis já tinha acomodado seu filho dentro da carruagem e ia subir quando um vulto apareceu a suas costas. Alguém envolto em um manto negro surgido da própria escuridão, agarralhe pelas costas e sussurra palavras que lhe fazem cair em um sono profundo.
Dante pode ver claramente por um instante o sorriso por de baixo do capuz. Não estava apenas sorrindo. Sorria para o garoto de um jeito tão malévolo que o rapaz acabara entendendo o que aconteceria com sua mãe.
- Nãããooo!!!
Num ato quase reflexo Dante desferiu uma punhalada num corte ascendente. O alvo era sua garganta mas o homem era rápido. A ponta da faca riscou-lhe o rosto e o sangue fluiu gotejando pesadamente no chão do estábulo.
Marcus não teve tempo para mais nada. Não podia arriscar o garoto e sabia que a mulher não estava morta. Levou a carruagem em disparada para fora. Também tocou a corneta, uma espécie de chifre entalhado para avisar de sua saída. Mas pelo código do toque Eroneus sabia que algo não tinha saído 100 % como planejado!
O combate era intenso e estavam em desvantagem. Um dos soldados dourin já havia sido abatido e precisavam de algo que lhes permitisse a fuga. Nesse momento, temendo por sua família e desesperado para tirar sua guarda daquela situação Eroneus realizou algo inacreditável aos olhos de guerreiros inexperientes. Ergueu seu martelo e com o corpo agitando-se quase que em frenesi, uma energia tremenda fluiu através de seu corpo para sua arma que despencou em direção ao solo. O impacto provocou um abalo como se a própria terra balançasse e levando a maioria dos inimigos ao solo. Isso não lhes causou grandes ferimentos mas rendeu os segundos necessários à fuga.
O caminho até os estábulos não foi difícil. Poucos conseguiram chegar até o grupo de Eroneus até que trancassem umas das portas de acesso. E outros poucos estavam no caminho entre o saguão e os estábulos, mas mesmo assim nada comparado a um manto roxo de Tenebris ou aqueles malditos inquisitores.
Nos estábulos que grata surpresa foi ver os animais encilhados prontos para fuga. Mas isso gerava uma dúvida.
- O que saiu errado? Se eles tocaram em alguém eu..... Rastek por favor olhe por eles.
Eroneus não conseguia tirar esses pensamentos de sua cabeça. A aflição lhe consumia. Seu Bisão que a tanto lhe servia parecia perceber o tormento de seu amo, pois nunca correra tanto. Era como se perseguisse o próprio vento.
Mas a aflição e a dúvida logo acabariam. E se acabaram. Assim que Eroneus alcançou a carruagem que levava a sua família no primeiro ponto de acampamento combinado. No momento em que viu a aflição de Dante lutando contra o soldado designado a protege-lo e implorando para que o deixasse voltar até sua mãe as dúvidas se acabaram. E a dúvida deu lugar a certeza. E o vazio que corroia seu coração deu lugar a uma raiva que ele não podia, e a bem da verdade, não queria conter.
O pobre garoto desesperado demorou a perceber a presença do pai e seus homens, mas correu para seus braços assim que o viu buscando conforto. Marcus procurava as melhores palavras para explicar o que houve.
- Senhor, eu ... estava tudo correndo bem mas ...
Eroneus só tinha uma pergunta em sua mente e nada mais impotava.
-Ela ainda esta viva, não esta ?
Interrompeu Eroneus ao indagar o Homem.
- Não sei senhor, não tive tempo de.....
-ESTÁ!
Afirmou veementemente Dante, não deixando sequer o homem terminar. Os olhos vidrados nos olhos do pai.
- Pois bem então. Eu vou voltar e tirar minha mulher disto. Vocês Já fizeram muito. Escoltem meu filho até o forte. Nos encontramos lá.
Nenhum de seu homens se mexeu.
- Esta é uma ordem que não poderemos cumprir senhor.
Diz Marcus com veemência.
- Como é ?
Indaga Eroneus a beira de um acesso de fúria.
-Com toda a certeza Alex é mais que o suficiente para garantir a Dante uma chegada segura até o forte. Tigmus e eu gostariamos de ir com o senhor.
Eroneus se vira e vai ate Dante sem trocar mais palavras com seus homens. Ao abraçá-lo diz:
- Seja forte meu filho. Lembre-se do sangue que corre em suas veias. Sua mãe e eu sempre olharemos por você, de uma forma ou de outra.
Sem dizer mais nada o gigante ergue-se junto de seu dois soldados e vai em direção à cidadela. Sem mais palavras. Sem nem mesmo olhar para traz. Assim são os que não temem a morte. Abraçam seu destino e o aceitam. Sem discussões, sem choro. Apenas passos firmes.
O pequenino apenas observa. Observa e guarda bem os sentimentos em seu coração. Vira-se em direção a estrada vazia. Não sabe o que esta adiante. Contudo aprendeu bem a ultima lição de seu pai. Iria abraçar seu destino sem medos ou remorsos.    

Nenhum comentário: